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Em operação contra senadores e deputados, PF cumpre mandados em MS

on ter, 11/12/2018 - 09:26
terça-feira, 11 Dezembro, 2018 - 09:30
Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado/Arquivo
 
A Polícia Federal deflagrou hoje (11) a Operação Ross, que tem como objetivo investigar o recebimento de vantagens indevidas por parte de três  senadores da República e três deputados federais, entre os anos de 2014 e 2017. 
 
Aproximadamente 200 policiais federais cumprem 24 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, e realizam 48 intimações para oitivas.  Os alvos estão no Distrito Federal e nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Tocantins, e Amapá. Ainda não há detalhes sobre os locais de cumprimento em território sul-mato-grossense.
 
De acordo com o Globo, imóveis do senador Aécio Neves e de Andréa Neves, irmã dele, foram alvos de mandados de busca e apreensão em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. O deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Benito da Gama (PTB-BA) e Cristiane Brasil (PTB-RJ), bem como os senadores Agripino Maia (DEM-RN) e Antonio Anastasia (PSDB-MG) também são investigados.
 
As vantagens ilícits recebidas pelos políticos teriam sido solicitadas ao grupo JBS, que teria efetuado o pagamento, inclusive para fins da campanha presidencial de 2014. A ação de hoje é um desdobramento da Operação Patmos, deflagrada pela PF em maio de 2017. 
 
Os valores investigados, que teriam sido utilizados também para a obtenção de apoio político, ultrapassam os  R$ 100 milhões.  Suspeita-se que os valores eram recebidos  através da simulação de serviços que não eram efetivamente prestados e para os quais eram emitidas notas fiscais frias.
 
São investigados os crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.    Ross faz referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.     

Fonte: Correio do Estado