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Estado: economia com fechamento de escolas ainda não foi calculada

on ter, 22/01/2019 - 09:38
terça-feira, 22 Janeiro, 2019 - 09:30
Foto: Christiane Reis/Arquivo
 
O governo do Estado ainda não fez os cálculos de quanto deve economizar, caso consiga prosseguir com o fechamento de, pelo menos, três escolas em Mato Grosso do Sul. Conforme o governador, o anúncio depende do fim do período de matrículas e também de uma decisão da Justiça.
 
No dia 16 de janeiro, a Justiça determinou a continuidade no funcionamento das escolas estaduais Riachuelo, Otaviano Gonçalves da Silveira Junior, Zamenhof e do 3º ano do Ensino Médio noturno da escola Dona Consuelo Muller, em Campo Grande.  
 
A liminar contestou que a decisão de fechar as escolas foi  tomada sem estudo de impacto e da capacidade de absorção em outras escolas de 1.400 alunos. Caso Azambuja não cumpra a medida, ele pode responder por improbidade administrativa. O  governo informou que já recorreu da decisão.
 
Segundo o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), o cálculo da economia a partir do fechamento das escolas só poderá ser feito após o período de matriculas, que termina no dia 25 de janeiro. 
 
“É difícil você precisar uma economia, porque nós ainda não sabemos quantos alunos serão matriculados, nem se vão aceitar nosso recurso. Mas se manter a Justiça concordar com o fechamento das escolas, com certeza nós vamos ampliar a oferta de algum serviço na rede educacional”, garantiu o governador, sem mencionar mais detalhes.
 
Azambuja explicou que o fechamento das escolas se deve a uma diminuição no número de alunos. 
De acordo com o governador, o Estado perdeu 45 mil nos últimos dez anos. 
 
“A taxa de natalidade está menor, objetivamente você tem menos alunos na rede pública. Isso ( que está sendo feito) é uma reorganização do Estado. Neste ano, nos próximos anos, nos governos vindouros, porque diminuiu o número de alunos nas redes, então voce vai ter que fazer uma readequação. 
 
Nós estamos transferindo alunos de uma escola a cem metros da outra, não justifica ficar as duas, é custo, principalmente ao contribuinte, ao cidadão”, afirma.
 
A mesma justificativa foi apresentada pela secretária de estado de educação, Maria Cecília Amêndola. “Nós somos gestores do orçamento público e ele é feito pela população, que investe. De 2009 a 2019, sem contar EJA (Educação de Jovens e Adultos), 45 mil alunos diminuiram. Se você pegar e colocar isso em turmas de 40 alunos, 40 escolas foram embora. Então a população diminuiu e a gente tem que pensar o que vai fazer com o orçamento público. Comprar laboratório, comprar mais computadores”, explica.

Fonte: Correio do Estado