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Exame comprova que adolescente que acusou ex-padrasto de estupro é virgem
sexta-feira, 18 Janeiro, 2013 - 07:15
De suposta vítima, a adolescente de 12 anos que disse ter sido abusada pelo ex-padrasto, passa a se tornar mentora de uma história falsa, que envolveu a polícia, conselho tutelar, perícia, servidores do Hospital Regional e da própria Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), que em primeiro momento tentaram protegê-la, bem como os seus familiares.
Mesmo sem o laudo técnico da perícia em mãos, o delegado Elton Campos de Galindo, responsável pelas investigações, disse que o exame de corpo e delito do Hospital Regional comprovou que ‘a menina ainda é virgem, a gravidez falsa e que a barriga inchada seria um problema intestinal’.
“Todos estavam trabalhando em torno de uma história que ela mesmo inventou. Assim que descobrimos a mentira, a menina disse que tinha raiva do ex-padrasto, principalmente por conta dos maus tratos dele com ela e os irmãos”, disse o delegado Galindo.
Caso já estivesse preso, o delegado diz que o suspeito poderia estar sendo julgado por um crime considerado hediondo, com danos quase impossíveis de ser reparados. “Se ela já estivesse iniciado a vida sexual, seria pior ainda, porque ela poderia continuar alegando o estupro não cometido. Parece raro, mas é comum jovens fazerem isso para acobertar algo que eles não querem contar para os pais”, explica o delegado.
Pela mentira, a jovem agora será indiciada por denunciação caluniosa. O caso, de acordo com o delegado, será repassado à Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento a Infância e Juventude). “Se ela fosse adulta poderia ter uma pena de até oito anos de reclusão, mas como se trata de uma adolescente, ela responderá um processo judicial na Vara da Infância e Juventude”, conta o delegado.
Paralelo as investigações, na qual o homem de 42 anos será qualificado como vítima, ele deve se apresentar amanhã na Depca. “De qualquer maneira ele é foragido da Justiça e permanece preso por um mandado em aberto de homicídio”, fala o delegado.
Com o caso praticamente esclarecido, o delegado diz que para as pessoas deve ficar uma lição: Jamais mentir para a polícia. “Quem acha que denunciar o outro falsamente, apontar alguém como culpado não dá em nada, está enganado, pois será punido pela polícia”, conclui o delegado.
(Fonte: Midiamax)