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IBGE: mercado de trabalho fica estagnado em 2014

on qui, 29/01/2015 - 13:17
quinta-feira, 29 Janeiro, 2015 - 14:00

Mesmo tendo fechado 2014 com uma taxa de desocupação de 4,3%, a menor da série histórica iniciada em 2002, o mercado de trabalho ficou praticamente estagnado ao longo do ano passado, uma tendência que já vinha se verificando nas pesquisas que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vinha divulgando nos últimos meses.

A opinião foi manifestada pela técnica da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE,  Adriana Beringuy. Para a economista, “é fato” que a população ocupada não se expandiu ao longo de 2014, como vinha ocorrendo a partir de 2003.

“A manutenção desta taxa em níveis baixos de fato se deu sobretudo influenciada pela retração na população desocupada. Pela redução do contingente dos que estão desempregados e, por isso mesmo, a procura de trabalho. O contingente [dos que procuram emprego] diminui e, com isso, provoca a queda na taxa de desocupação. E isso significa que a população ocupada, se não expandiu em 2014, também não retraiu significativamente ao longo do ano”.

Essa é, na avaliação da coordenadora do IBGE, a tendência que vem se verificando a cada nova divulgação da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Os dados de dezembro do ano passado e dos 12 meses do ano foram divulgados hoje (29) pelo instituto.

“Embora ao longo de 2014 tenha sido observada mensalmente nas PMEs a redução da taxa de desocupação, ela se deu não pelo aumento da oferta de mão de obra, mas pela retração da procura. A taxa caiu porque caiu a pressão sobre o mercado de trabalho”.

Para ela, a menor pressão pode ter origem em fatores diversos, mas certamente teve como princípio a redução da população a procura de trabalho. “O que a gente observa é que parte importante dessa redução em 2014 estaria migrando para a população não economicamente ativa – ou fora do mercado do trabalho. Essa inatividade cresceu, sobretudo, entre os mais velhos e entre os jovens. Pessoas com mais de 50 ou menos de 18 anos e formado sobretudo por mulheres”.

 


Agência Brasil