Skip directly to content

Bancários rejeitam proposta da Fenaban e decidem manter greve

on qua, 21/10/2015 - 06:53
quarta-feira, 21 Outubro, 2015 - 09:00

Os bancários rejeitaram hoje (20) a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de 7,5% de reajuste e retirada do abono, após reunião realizada para negociar o fim da greve, na cidade de São Paulo na tarde desta terça-feira, como O Estado Online havia noticiado. De acordo com o Sindiário-MS (Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região), o Comando Nacional dos Bancários, quer discutir aumento real e orienta a categoria a manter a greve forte. A negociação continua amanhã (21), a partir das 11h. Em Mato Grosso do Sul, pelo menos três mil funcionários cruzaram os braços e a expectativa é de que nenhuma agência abra as portas para atendimento ao público até o fim da greve.

Os bancários de Campo Grande, em greve há 15 dias, como acontece em todo Brasil, movimentaram o centro da Capital na tarde de hoje em manifesto para ‘alertar’ a sociedade sobre o motivo e temporada da paralisação. Cerca de 100 manifestantes reunidos pelo Sindiário-MS circularam em pelo menos cinco pontos (agencias) de maior fluxo da população no centro da cidade, para denunciar e pedir apoio social em pressionar a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), que neste período não “conversou” com a categoria.

“Como disse a cerca de algumas horas que dificilmente saia hoje alguma negociação concreta.O desrespeito dos bancos continua. Amanhã, a greve completa 16 dias, sem avanço até o momento. Queremos discutir um reajuste digno do esforço dos bancários e correlato aos ganhos reais dos bancos. Não podemos aceitar perda salarial”, disse o  presidente do Sindiário-MS, Edivaldo Barros.

Ontem (19), segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (‎Contraf-CUT), 12.496 agências e 40 centros administrativos paralisaram suas atividades nos 26 estados e no Distrito Federal.

Reivindicações

Eles reivindicam reajuste salarial de 16%, incluindo reposição da inflação, mais 5,7% de aumento real, participação nos lucros e resultado (PLR), equivalente a três salários mínimos, mais R$ 7.246,82, melhores condições de trabalho e fim das demissões, entre outros.

Segundo o Sindicato, a Fenaban continua a propor um reajuste que era de 5,5%, passou agora para 7,5%, que não são suficiente nem para repor a inflação de 9,88%.

“Os bancos apresentaram uma proposta que reduz ainda mais os salários. Reiteramos nossa disponibilidade de negociar nova proposta. Por enquanto, a orientação é manter a greve forte. A negociação será retomada amanhã às 11h”, informou Roberto Von der Osten, presidente da Contraf e também coordenador do Comando Nacional.


O Estado