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Café da manhã fica 15% mais caro em Mato Grosso do Sul

on ter, 24/03/2015 - 07:53
terça-feira, 24 Março, 2015 - 08:15

O café da manhã está mais caro em Mato Grosso do Sul. Enquanto o pão francês teve acréscimo de 15% o preço do leite subiu 12%. O reajuste foi repassado na última sexta-feira para os consumidores, motivado pelas altas do dólar, da tarifa de energia elétrica e combustíveis. De acordo com o Sindicato das Indústrias de Laticínios de Mato Grosso do Sul (Silems) o aumento foi sentido nos 70 laticínios do Estado.

O mesmo ocorre nas 600 indústrias de panificação distribuídas pelos 79 municípios do Estado, segundo o Sindicato das Indústrias d,e Panificação e Confeitaria de Mato Grosso do Sul (Sindepan/MS). Em Dourados o pão francês e todos os derivados da farinha do trigo acompanharam a alta média do Estado e estão 12% mais caros.

De acordo com o subgerente da padaria Pão &Cia, Ernani Pinto, com a alta do dólar o preço da farinha, que é importada do Canadá, encarece todos os derivados. Por causa disso, o pão, bolachas, bolos e biscoitos já estão mais caros. Segundo ele, o consumidor que pagava em média R$ 9,50 o quilo do pão, pagará a partir de agora o valor de R$ 10,50. “O cliente que vinha com o dinheiro contado, infelizmente está levando menos pão do que o que costumava a comprar”, destaca.

Segundo ele, além das altas registradas, a crise política no país não gera otimismo. “As pessoas estão insatisfeitas com o atual modelo político e os empresários estão inseguros em investir porque não estamos vendo um momento de melhora próximo”, explica.

O presidente da Sindepan, Marcelo Barbosa, os empresários estão apenas repassando os custos de produção. “No caso do dólar, desde o ano passado estamos importando trigo dos Estados Unidos, pois a produção da Argentina teve alguns problemas e, com a alta da moeda norte-americana, o produto ficou muito mais caro”, detalhou.

Ele acredita que mesmo com o repasse dos custos empresas ainda vão ter problemas com a receita. “Muitos estabelecimentos estão tendo de conter os gastos para superar a crise financeira e uma das soluções encontradas está sendo a redução do quadro de funcionários”, pontuou, informando que hoje são 15 mil trabalhadores no segmento em MS.

Marcelo Barbosa ressalta ainda que o cenário para os próximos meses deve continuar complicado, mas a luz do fim do túnel é o aumento da produção de trigo pela Argentina. “Os argentinos estão colhendo neste período e acredito que nos próximos quatro meses teremos uma oferta maior de trigo, forçando uma redução no preço do produto e, consequentemente, essa queda vai chegar ao consumidor final”, projetou.

O presidente do Silems, Hernandes Ortiz, a indústria laticínia teve um aumento nos custos de logística, de captação e de distribuição, sendo que a coleta que antes era de R$ 0,10 a R$ 0,14 por litro passou para R$ 0,17 por litro, ou seja, uma elevação de mais de 70%. Com o reajuste, o consumidor deve diminuir o consumo dos derivados lácteos e o reflexo disso será uma consequente redução no quadro de funcionários dos laticínios.


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