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Com 900 funcionários, Metalfrio paralisa fábrica de Três Lagoas

on seg, 25/05/2020 - 13:55
segunda-feira, 25 Maio, 2020 - 13:45

Após demitir cerca de 200 trabalhadores há pouco mais de um mês, a indústria de refrigeração Metalfrio suspendeu temporariamente por 30 dias, as operações na unidade de Três Lagoas.

Indústria vai manter apenas atividades básicas com 150 funcionários. (Arquivo)

A fábrica que tem 900 funcionários paralisou a produção no dia 20, mas vai manter as atividades de manutenção e desenvolvimento com 150 colaboradores. De acordo com nota oficial enviada pela empresa, a suspensão foi baseada na MP 936/20, que garantirá o complemento salarial pelo governo por até 60 dias. A empresa ainda garante que não fará demissões.

O motivo da paralisação foi a queda na demanda, que forçou a companhia a tomar medidas de ajuste em sua capacidade produtiva.

A direção da Metalfrio esclareceu que “a demanda atual de nossos clientes vem sendo fortemente afetada pela pandemia COVID-19 o que força a companhia a tomar medidas de ajuste em sua capacidade produtiva”.

Com relação aos contratos, a Metalfrio salientou que “negociou previamente um Acordo Coletivo com o Sindicato dos Trabalhadores, passando a adotar a MP 936/20. Durante o período da parada, a empresa continuará com as atividades de manutenção, desenvolvimento de projetos e os processos necessários para garantir a retomada das operações”.

Finalmente a empresa alega na nota “que é líder de mercado em refrigeração comercial e tem a convicção de que, junto com todos os brasileiros, sairá desta crise mais fortes e unidos”

Demissões – Em abril a empresa demitiu cerca de 200 colaboradores que tinham sido contratados no começo do ano para trabalhar na expansão da produção, que não ocorreu por causa da pandemia da covid-19.

A situação acendeu o sinal de alerta no setor, e na época das demissões o MPT (Ministério Público do Trabalho), solicitou detalhamento sobre a dispensa em massa.

De acordo Robson Freitas do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e Materiais Elétricos de Mato Grosso do Sul (STIMMEME), na Capital o cenário é parecido com várias indústrias como a Soprano também trabalhando no sistema de suspensão de contratos. “Várias indústrias do setor estão adotando a suspensão do contrato de trabalho, reduzindo a produção ou parando. É o mesmo quadro e a tendência é de piorar”, finalizou.


Fonte: Campo Grande News