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Deputada acusa bispo de incentivar boicote a ruralistas e leva o troco: “falsa e caluniosa”

on sex, 16/10/2015 - 12:04
sexta-feira, 16 Outubro, 2015 - 13:00

A guerra de bastidores ao redor dos conflitos por terra em Mato Grosso do Sul ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (14). Na tribuna da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Mara Caseiro (PT do B), afirmou em seu discurso que Dom Redovino Rizzardo, bispo da Diocese de Dourados, teria feito declarações inflamando a população contra produtores rurais do Estado.

Conforme a assessoria de imprensa da deputada, ela teria um vídeo comprovando a ação do líder católico sugerido o boicote a carne e a soja de produtores locais ‘por estar banhada com sangue de crianças indígenas’ durante uma reunião realizada na sua casa.

“Dom Redovino é uma pessoa que eu admiro, que eu respeito, mas não respeito sua atitude em concordar com o que foi dito dentro de sua casa”, disse.

A reunião em questão teria acontecido no dia 8 de outubro, durante visita de uma missão ecumênica com membros de vários países da América Latina e da Holanda, nas aldeias de Dourados, a qual o religioso afirmou não ter participado.

Ao saber do fato Dom Redovino divulgou um manifesto em forma de artigo, afirmando que a alegação da deputada é “falsa e caluniosa e o deixa numa situação desconfortável a multidão de agricultores católicos da Diocese de Dourados”.

Em outro trecho do material, ele chama a deputada de mentirosa e remete que Mara caseiro busca ‘sujar as águas para melhor pescar’.

“Diante de uma situação que mantém a população em constante sobressalto, o que peço aos agricultores católicos da Diocese de Dourados é que não se deixem contaminar pelas mentiras e pelo ódio de quem parece nada buscar senão “sujar as águas para melhor pescar”, recrudescendo a tensão. Pelo contrário, já que a fé se manifesta e cresce através das obras, sejam vocês os primeiros a buscar a paz, o diálogo e a união de forças para reclamar, junto ao Governo Federal, a solução do conflito. Por ser brasileiro, sei que, em nosso país, nada se consegue senão pela pressão”, finalizou.

Por fim ele diz confiar que a deputada saberá tomar as providências que lhe cabem “para reparar o dano causado, pois, dizendo-se católica, com suas palavras levou uma multidão de fiéis a se afastarem mais ainda de uma Igreja que os considera filhos amados – tais como os indígenas”.


Dourados News