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Indisciplina de alunos afasta 32% dos professores em MS

on sex, 10/04/2015 - 08:01
sexta-feira, 10 Abril, 2015 - 08:00

A violência nas escolas tem sido motivo de preocupação de pais e professores. O promotor da Infância, Adolescência e Juventude, Sérgio Harfouche, disse que 32% dos professores em Mato Grosso do Sul estão afastados por licença médica por não conseguirem lidar com a indisciplina na sala de aula.

Harfouche participou da audiência pública para discutir a violência nas escolas realizado pela Câmara Municipal de Campo Grande, nesta quinta-feira (9). Segundo o promotor, oito em cada dez alunos da rede de ensino da capital já cometeram algum ato de indisciplina.

O promotor ainda apresentou o Programa para Conciliação e Prevenção da Violência e Evasão Escolar, desenvolvido desde 2009 em Campo Grande. Depois da implantação, a evasão escolar reduziu em 80%. Nele, Harfouche propõe que o adolescente repare o mal cometido em ambiente escolar.

Campo Grande é a primeira capital do país que tem reparação de danos no regimento escolar. O aluno tem de reparar o erro cometido, seja uma sujeira, algo que quebrou ou alguém que ofendeu.

O secretário Municipal de Segurança Pública, Valério Azambuja, afirmou que há uma determinação aos chefes das sete bases da Guarda Municipal para que façam rondas constantes nas escolas. Hoje, 212 agentes fazem esse trabalho e, das 95 unidades escolares, 88 são atendidas.

Os moradores que participaram da audiência cobraram mais policiamento próximo das escolas. O representante do Conselho de Segurança da Região do Segredo, Lourival Pereira, e do Conselho Regional do Anhanduizinho, Demilson Dias, dizem acreditar que falta respaldo aos servidores da segurança pública.

O debate foi promovido pela Comissão Permanente de Segurança Pública da Casa de Leis, composta dos vereadores Ayrton Araújo (PT) - presidente, Otávio Trad (PTdoB) – vice-, Carlos Augusto Borges (PSB), Gilmar da Cruz (PRB) e Vanderlei Cabeludo (PMDB). Além do promotor, participaram conselheiros regionais, autoridades em segurança pública, presidentes de bairros, pais e professores.


G1