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Polícia apreende maconha, cocaína e armas em 'favela do crime' na Capital
quarta-feira, 7 Junho, 2023 - 11:00
Com 46 mandados de busca e apreensão e 13 prisões cumpridas, a Polícia Civil em conjunto com a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul realizou, nesta terça-feira (6), a operação "Abre-te Sésamo", no qual mirou criminosos que moravam em um condomínio na Mata do Jacinto. O local também era usado para esconder produtos de roubos e furtos, além de armas e drogas.
Polícia apreende maconha, cocaína e armas em favela do crime na Capital - Divulgação/Polícia Civil
Das 13 prisões realizadas hoje, 11 foram em flagrantes e tiveram como alvos duas mulheres e nove homens, dos quais um era adolescente. Também foram presas mais duas pessoas por meio de mandado de busca e apreensão.
No residencial, conhecido como Carandiru, em referência ao antigo presídio que existia em São Paulo, a polícia ainda confiscou 50 munições, duas armas e 20 mil em espécie, além de 14 quilos de drogas, dos quais 12 eram de maconha e dois de cocaína.
De acordo com a coordenadora da operação, Priscilla Anuda, titular da 3ª Delegacia de Polícia, além de realizar as prisões e apreensões, durante a ação também foi prestado apoio social aos moradores que não têm envolvimento com crimes e apenas alugam apartamentos no local.
Ao todo, 23 famílias habitam o espaço, sendo que todos que foram levados presos hoje também residem no complexo residencial.
O condomínio, que tem a estrutura precária por falta de manutenção, foi construído em 1994, mas, hoje, nem a planta do local é a original, o que dificultou a atuação da polícia durante a operação.
Com a desvalorização que se abateu diante do condomínio, muitas famílias de baixa renda passaram a residir no local, mas, fizeram o mesmo criminosos que queriam se esconder da polícia, usando os apartamentos não apenas como moradia, mas também de esconderijo para todo tipo de material ilegal, como drogas, objetos roubados e armas.
Pelas apreensões feitas nos apartamentos alvos da operação, foi possível lotar dois caminhões com notebooks, computadores, televisores, bicicletas, bem como outros objetos de valores cuja procedência não foi comprovada. A origem e a quantidade de itens ainda será apurada pela polícia.
Em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (6), o Delegado-Geral da Polícia Civil, Roberto Gurgel de Oliveira, o condomínio residencial no qual a operação foi deflagrada é o ponto central de diversos crimes ocorridos na região como homicídios, roubos, furtos e tráfico de drogas.
"O resultado saiu como o desejado e aguardado pela população da região, que é um dos diversos pontos sensíveis da cidade. A área é de extrema criminalidade, onde há ações como violência, homicídios e crimes contra o patrimônio. No fim, é uma favela dentro de um condomínio", afirmou Gurgel.
Por sua vez, o delegado Wellington Oliveira, reforçou que os 46 mandados foram cumpridos de forma simultânea no prédio. Para ele, a forma como se deu a operação é uma demonstração de força policial, o que pode gerar um desencorajamento para os criminosos.
"Por mais de meses fizemos o planejamento, cada órgão com sua particularidade na ação. A análise criminal e o planejamento efetivo contribuíram para o sucesso da operação.", afirmou durante a coletiva.
Pelo fato do complexo que abrange três edifícios estar com a infraestrutura precária, a polícia ainda informou que a prefeitura será informada da situação e, caso necessário, os moradores serão retirados do espaço. O Ministério Público Estadual de MS também será notificado para tomar as devidas providências.
"Não tivemos apenas a visão de polícia judiciária, mas, sim, de dar apoio através da assistência social e Defesa Civil, pois quando chegamos [no condomínio] visualizamos um cenário perigoso. Lá existe instalação irregular com risco de incêndio, escadaria com pisos faltando, por isso, fizemos a operação com outras instituições para verificar o estado em que as pessoas estão vivendo.", concluiu.
Fonte: Correio do Estado