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Retomada da duplicação da BR-163 sofre novo atraso
quinta-feira, 21 Março, 2024 - 13:00
Depois de anunciar, em setembro do ano passado, a provável retomada das obras de duplicação da BR-163 em janeiro de 2024 e depois, em abril, as autoridades estaduais reconheceram nesta sexta-feira que o Tribunal de Contas da União (TCU) atrasou mais uma vez a liberação do aval para a renovação do contrato com a CCR MSVia e a nova previsão é de que as prováveis melhorias na principal rodovia em Mato Grosso do Sul ocorram a partir de julho ou agosto.
Imagem: reprodução
Em evento no Bioparque Pantanal, na manhã desta sexta-feira, o secretário Jaime Verruck, da Semadesc, deixou claro que o TCU está demorando mais que o previsto. “Nós tínhamos a expectativa de que em fevereiro o TCU ia se manifestar. Isso tá na iminência de sair. A gente deve ter nos próximos dois ou três meses uma solução. Caso o TCU for 100% favorável à proposta, as obras podem iniciar-se a partir de julho ou agosto”, afirmou o secretário.
Inicialmente esperava-se o aval do TCU para setembro ou outubro do ano passado. Depois, o prazo passou a ser fevereiro. Agora, embora o secretário afirme que a autorização está na iminência de sair, deixa claro que isso pode acontecer somente em maio, se acontecer.
Conforme a proposta sob análise no TCU, o novo contrato prevê R$ 12 bilhões de investimentos na rodovia federal que corta Mato Grosso do Sul de norte a sul, saindo de Sonora, na divisa com Mato Grosso, até Mundo Novo, na divisa com o Paraná.
Esse recurso, conforme o projeto, será investido ao longo de 35 anos de contrato. A CCR MSVia teria mais 20 anos com a BR-163, porém, com esse novo acordo, o prazo será estendido por mais 15 anos.
Nos primeiros três anos haverá investimento da ordem de R$ 2,5 bilhões. A concessionária está à frente da rodovia desde 2014 e até agora só duplicou 150 dos 845 quilômetros.
Agora, a previsão é de que duplique mais 190 km e implante outros 170 quilômetros de terceira faixa. Entre as prioridades está a duplicação do trecho entre Nova Alvorada do Sul e Bandeirantes, onde há apenas cerca de 6,7 km duplicados dos 117 quilômetros que separam as duas cidades.
Neste trecho estão incluídos os 25 quilômetros do anel viário de Campo Grande, onde ocorrem cerca de 20% da mortes de toda a rodovia. A promessa é de que só nos primeiros anos sejam duplicados 68 km da rodovia.
Em meio às negociações para renovação do contrato, a tarifa do pedário foi reajusta em 16,82% em agosto do ano passado. A menor taxa, em Mundo Novo, passou de R$ 5,10 para R$ 6,00 para carro de passeio. E a maior, em Campo Grande e Rio Verde, saltou de R$ 7,80 para R$ 9,10. Para percorrer toda a rodovia, o motorista do carro de passeio precisa desembolsar R$ 69,70 e epenas 150 km estão duplicados.
Fonte: Correio do Estado